Todo mundo em volta da mesa e ele me diz, sussurrando, como quem conta um segredo, escondendo a boca com as mãos: “Pirata”. Era para passar para frente. Passo para meu avô, que passa para a minha mãe, que passa para minha cunhada. “Cadê meu pai?” (Está se arrumando para aula). Telefone sem fio. Entre uma mordida no pão francês e o gole do café, a gente sussurra as palavras dele no ouvido do outro. Elefante, Pipoca, Carrinho, Huck. O café de fim de tarde e quase noite, a nossa janta, fica com gosto de filme de final feliz*.
*É, eu sei. Sou tia babona.
Que delicado o seu texto.
ResponderExcluirBeijos!
Lindo!
ResponderExcluirSei bem como é esse mal de tia coruja ;)
Seus textos são cativantes. É uma leitura agradável.
ResponderExcluirAh, que dengo! Tinha passado batido, esse! ;)
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