- Tia, não vai dexa vez não, fica aqui. Ficaaaaa...
E ele abraça as minhas pernas e vai se pendurando até que eu o pego no colo. No colo, ele coloca a bochecha dele do lado da minha. Bochecha com bochecha, enquanto uma de suas mãozinhas enrola uma mecha de cabelo meu. Daí ele para. Olha-me e me enche de beijos, um em seguida do outro. Ele sente saudade, tanto quanto eu. E isso me faz um bem, um bem que ninguém me faz.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
Da ingratidão do tempo

sábado, 14 de maio de 2011
Sem disfarces e de verdade
Poderia dar a lua, caso ela desejasse. Contudo, o que ele queria mesmo era lhe dar mesmices. Para que ela ficasse farta de amor, carícias e cafés da manhã na cama. Mais, queria tristeza na vida dela, porque tristeza, dizia ele ao pé do ouvido dela, é fundamental. E ele preferia assim com ela, ao natural. Real. Quiçá fosse por isso que ela não compreendia tamanho apreço. Não quis ser dele para sempre. Quando ele expressou a vontade de lhe dar um anel dourado, ela falou em príncipe, em alma gêmea. Coisas que ela não acreditava que ele fosse. O coração dele partiu. Até pensou em recorrer à lua, roubando-a das estrelas, só para entregar à ela. Num suspiro pausado e mais profundo aceitou o não-casamento. Ele preferia assim com ela, ao natural. Real. Sem disfarces e de verdade.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Escondidinho
Eu sinto saudade. Saudade do que ainda nem somos e quiçá jamais seremos. A minha viagem é você. Uma viagem sem estrada ou caminho. Prazerosa. Uma viagem desatino. Que me arrancou da inércia, deu-me movimento. Meus sentimentos dançam incessantemente no silêncio. Dei para ouvir música e sentir ritmo na ausência profunda de sons. E poucos atingem tal percepção! Você mexeu comigo. Você, meu devaneio preferido. De me deixar estarrecida. Úmida. Agitou-me, assim, sem mais nem menos. À segunda vista. Ainda não sei bem no que reparei. Só sei que flutuei.Um capricho repentino que achei que logo logo cessaria. Não cessou. Se eu lhe confessasse tal vontade, atestar-me-ia loucura, eu sei. Eu finjo. Finjo que não sei. Mantenho-o escondidinho, dentro de mim.
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