Uma palavra simples e juvenil caracteriza o relacionamento deles: ioiô. Perderam as contas de quantas vezes tinham terminado e depois retomado o namoro, se é que podiam chamar aquilo de namoro. O vai e volta era tão frequente que mesmo separados sabiam que estavam juntos e mesmo juntos sabiam que estavam separados. Juntos ou separados, jamais estiveram no mesmo ritmo
Não eram harmônicos. Quando ela estava bem, ele não estava e vice-versa. Ela queria, ele não. Ele queria, ela não. Desconheciam a sintonia e sofriam com essa falta de rima. Mas, como juravam que o que sentiam era amor, insistiam. Empurravam a relação com a barriga.
Depois com a barriga e as mãos. Posteriormente, com a barriga, mãos, pés, pernas...Era preciso força para manter um relacionamento como o deles. Ambos tinham se tornado um vício um para o outro. Era difícil largar, abandonar aquilo que tinham criado e mantido há dois anos.
Algumas semanas eram amorzinhos. Dengos, chamegos. Bem me quer. Nos outros dias eram mal me quer. Brigavam feio, insultavam-se. Despediam-se. Curtiam outras bocas, outros corpos, outras brigas. Não demora e voltavam um para o outro. A saudade os deixava mais leves, o que favorecia a relação. Até acontecer alguma desavença.
Há quem diga que são as brigas que apimentam... Há quem acredite nisso...
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