quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Uma mola encolhida

Tem dias que a gente acorda se sentindo minúscula demais, sem graça demais, limitada demais. Nesses dias as horas demoram a passar e o embrulho no estômago parece que vai ser para sempre. Dá náuseas. O mal estar faz parecer que nada presta, que nada vale a pena.
Para onde vou? O que estou fazendo? Isso tem futuro? Eu mudo de vida? De estilo? De jeito? Por que eu sou assim? Qual é o problema? Existe solução? Mas eu fiz a escolha certa? Eu, você ou ele? Nenhum? Todos? Você? Ele? Eu? O que eu sinto, penso, quero? Se eu rezar adianta? Se eu fazer acontece? E se eu mandar tudo para aquele lugar?
Mandar tudo para aquele lugar de imediato, quando o cérebro não para de lhe fazer perguntas, parece ser a melhor opção. Então há uma sensação de alívio carregada de coragem. Que passa. Porque depois das inúmeras dúvidas sobre o que fazer e como viver, a massa encefálica lhe avisa que o melhor mesmo é esperar.
A sua parte racional afirma que a sensatez deve prevalecer. Não dá para mandar tudo à merda. Merda! E tudo fica cinza novamente. Então, você se reduz a ser aquela mola encolhida num cantinho de um quarto qualquer escuro e frio. Esperando um abraço, uma mão, uma luz, um mantra...

2 comentários:

  1. Que coisa! Esse texto sou eu hj! A tal da mola encolhida é como me sinto...
    O jeito é esperar por dias melhores!

    Beijos flor!

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  2. Lindo, Lari. Amo seus textos... E, bom, quando acordar uma mola encolhida, dá um grito. Eu te ajudo a mandar tudo à merda e faço você se esticar bem. Ou tento, pelo menos. Beijoo

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Porque quem comunica se trumbica.