Foi assim, de supetão. Ela disse que das pessoas que conhecia, ele era aquele que mais beirava a perfeição. Elogio singelo, direto, sincero.
Assustou-se com o adjetivo perfeito. Perfeito, era perfeito demais. Logo, ele, assim, tão comum, tão banal. Mais um cara perdido, mais um que se deixa carregar pelo destino. Ele, assim, bem sem jeito, nada sexy, totalmente desprovido do patrimônio erótico tão na moda. Ele, assim, na maior parte do tempo tímido, calado. Perto, quase íntimo, da perfeição.
Pensou o que o faria tão completo. Não encontrou tantas qualidades dentro de si. De frente para o espelho, menos ainda. Não era feio, mas tão bonito também não era. Andava com a barba sempre por fazer, vestia-se com certo desdenho – mas isso até ele achava charmoso. Quiçá era o charme, pensou. Também atribuiu aos seus rabiscos, ou seja, as suas tentativas frustradas de ser poeta, o predicativo da perfeição. Mas, logo desistiu da ideia, o talento lhe faltava, embora insistisse com as letras.
Ficou dias com “o que mais beira a perfeição”. O elogio o intimidou, não sabia lidar com tamanha responsabilidade: ser perfeito para alguém. Era muita coisa, lamentava. Passados os dias, a preocupação foi embora. Entendeu que a perfeição não estava nele, mas nos olhos de quem a enxergava. E era apenas ela quem via tamanha excelência. Acaso ela fosse a que mais beirava a perfeição...
Assustou-se com o adjetivo perfeito. Perfeito, era perfeito demais. Logo, ele, assim, tão comum, tão banal. Mais um cara perdido, mais um que se deixa carregar pelo destino. Ele, assim, bem sem jeito, nada sexy, totalmente desprovido do patrimônio erótico tão na moda. Ele, assim, na maior parte do tempo tímido, calado. Perto, quase íntimo, da perfeição.
Pensou o que o faria tão completo. Não encontrou tantas qualidades dentro de si. De frente para o espelho, menos ainda. Não era feio, mas tão bonito também não era. Andava com a barba sempre por fazer, vestia-se com certo desdenho – mas isso até ele achava charmoso. Quiçá era o charme, pensou. Também atribuiu aos seus rabiscos, ou seja, as suas tentativas frustradas de ser poeta, o predicativo da perfeição. Mas, logo desistiu da ideia, o talento lhe faltava, embora insistisse com as letras.
Ficou dias com “o que mais beira a perfeição”. O elogio o intimidou, não sabia lidar com tamanha responsabilidade: ser perfeito para alguém. Era muita coisa, lamentava. Passados os dias, a preocupação foi embora. Entendeu que a perfeição não estava nele, mas nos olhos de quem a enxergava. E era apenas ela quem via tamanha excelência. Acaso ela fosse a que mais beirava a perfeição...
Que lindo, Lari. E quão verdadeiro!
ResponderExcluirAhhhh, que essa histótia eu tô sabendo, uhauhauhua
ResponderExcluirMUita responsa sim, porém, muito gratificante não é?!
Lari. Sou seu fã. Casa comigo?
ResponderExcluirufa, que peso saiu das minhas costas! Não preciso ser perfeito então!
ResponderExcluirEstou bem mais conformado com a minha existência!
kkk Beijos Lari