quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quem cochicha o rabo espicha...

Quem fofoca o rabo entorta.

De lá: http://www.mexendonabolsa.blogspot.com/

Eu prefiro a ausência de palavras às frases desordenadas, que ditas compulsivamente destoam sentidos.

Quem nunca foi vítima de fofoca, por favor, levante a mão. Não, ninguém aí? Pois bem, daí o meu desprezo por afirmações não baseadas em fatos concretos, pela especulação - mesquinha - à vida alheia.
Mulheres fofocam mais que os homens (eu acredito nisso, mesmo que pesquisas mostrem o contrário). Tenho muitos amigos do sexo masculino e nenhum deles se atreve a gastar tanto tempo falando da vida do vizinho quanto à mulherada. Tenho muitas amigas também, elas são capazes de passar horas contando detalhes dos detalhes dos detalhes daquele detalhe que a fulana falou para a sicrana, que jura que ouviu da boca da beltrana.
Não tão difícil de admitir, mas, vergonhoso: minhas companheiras de gênero são fissuradas por uma novidade, por um babado. Não nego que também gosto de estar informada acerca da vida dos outros, principalmente se for de pessoas que eu conheço e não tenho certa estima. Contudo, na maioria das vezes, desprezo os burburinhos, o disse-que-me disse, o telefone sem fio.
Já fui autora de um sexo que não pratiquei. Beijei bocas que nunca toquei, gostei de quem nunca conheci. Também já levaram a outros ouvidos o pedido que eu jamais mencionei e afirmações que eu não declarei. É por isso que eu prefiro o silêncio. Palavras em exagero fazem mal à saúde – o Ministério da Saúde deveria alertar a respeito!
Fofocas, frequentemente, são hipérboles. Não gosto de nada em excesso, pois, mesmo que por vezes eu seja excêntrica, primo pela descrição, pela transparência. O exagero me lembra encenações do tipo novela mexicana, histeria, falta de senso e equilíbrio...Psiuuuuuuuuuuuu, silêncio. Por favor!

“Se as cores vão berrando num sol ensurdecedor
Fecho os olhos Â... Outro mundo
Vou morar no interior
Transbordou a mesa ao lado
Um tsunami arrasador
Fecho os olhos Â... Outro mundo
Vou morar no interior
Eu tenho fé na força do silêncio
Eu tenho fé na força do silêncio”
A força do Silêncio, Humberto Gessinger/Duka Leindecke. Pouca Vogal.

2 comentários:

Porque quem comunica se trumbica.