segunda-feira, 29 de março de 2010

Sobre perder e não achar

Ultimamente tenho perdido meus pertences. Perco-os dentro do meu quarto, que não é grande, pelo contrário, está ficando cada vez menor. Não encontro o que perco no chão, o local mais óbvio, onde deveriam estar, já que normalmente eles caem do bolso da calça que eu resolvo sacudir ou da bolsa aberta que jogo sobre a cama. Então reviro tudo, ergo o tapete, o baú, a cadeira. Olho debaixo da cama, da mesa do computador, atrás da estante. Nada. Sumiu.
Primeiro perdi a minha chave, todas as minhas chaves, inclusive a do cadeado da minha bicicleta - que há tempos não pedalo. Depois, perdi meu brinco. Reclamo que estou perdendo as coisas, então a minha mãe pede calma, diz que eu vou achar. Mas no dia seguinte continuo sem as chaves, sem o brinco. E no outro dia também, no outro no outro também e no outro no outro no outro também...
Devido às circunstâncias, começo a acredita em duendes. Uma vez eu li que estes seres gostam de caçoar da espécie humana roubando seus pertences. Nos meus devaneios imagino este ser micro: menor que uma caneta bic, com orelhas pontudas e roupas coloridas, calçando aqueles sapatinhos esquisitos, típicos de duendes. Na cabeça, o gorro – onde devem estar minhas chaves e meu brinco.
Neste momento, enquanto redijo este texto, ele deve estar em algum canto do meu quarto, observando-me com um sorriso maroto, com o ar de eu-sei-onde-estão-seus-pertences-bobinha. Por mais insano que seja, eu me rendo à fantasia.
Recorro ao Google, o pai da humanidade, que me aconselha a fazer amizade com o bendito duende – talvez ele pare de pegar minhas coisas. Para selar esta amizade eu devo colocar um pote de mel com água na janela de casa, em noite de lua cheia. Amanhã é lua cheia. Exagero ou não, insano ou não, comprarei o mel hoje!

2 comentários:

  1. Hauhsiuahhsuahs, ai Lariii..eu te amoo!hauhsuhaiushasuha

    Acredito em duendes, mas não concodo com o pote de mel na lua cheia!
    Boa sortee! ;)

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Porque quem comunica se trumbica.