quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Os três verbos dos 28

Os 28 é diferente dos 20 anos (meio óbvio!), quando você ainda deixa uma pessoa entrar e permanecer ao seu lado, sem saber ao certo se quer ou não. Aos quase 30, o desejo é mais preciso e a distância se torna fundamental para determinado tipo de gente. Para os incômodos, os desesperados e mal resolvidos: ignorância. Aos poucos, torna-se evidente que ninguém é obrigado a aguentar aquilo que não se aguenta. Se está cheio, larga mão. Abandona e recomeça, mais uma, duas, três vezes – com sensatez! Se não estagnar, a vida, naturalmente, segue seu curso. E o caminho que se percorre pode ser diferente do planejado. Mas e daí? Outro rumo. Quem disse que é pior?! Há oportunidade. Com 28 anos, sabe-se disso, porque a ânsia diminui, tanto a ânsia de chegar logo ao “pódio” quanto a ânsia que o novo provoca. Mudanças, às vezes pequenas e outras grandíssimas, são necessárias. Também, aos 28, aprende-se que aquela coisa da atração é factual: brigas atraem brigas, mau humor atrai mau humor e por aí vai. Simplicidade atrai simplicidade! Logo, simplificar é o verbo que impera, quando se está mais próxima ainda dos 30. Depois vem o desencanar. Desencanar-se de si mesma. De corpo, alma e coração. E dos outros. Afinal, cada pessoa é um universo, que sente e pensa de maneira única. Então, a felicidade, de verdade, só diz respeito a quem a sente. E ponto! Outro verbo bem presente aos 28 é o refutar. Depois de algumas experiências, sua conjugação passa a fazer sentido realmente. Tanto semântico, quanto prático. Aos 28 anos fica evidente que temos a vida que queremos. Pessoas, trabalho. Coisas. Simplificar, desencanar e refutar. Até os 30 e para além deles!

Um comentário:

Porque quem comunica se trumbica.