quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando se tem senso de humor...

Jornalista conceituada em Campo Mourão é presa por tráfico de drogas. Então, no MSN, uma chuva de pessoas, já que jornalistas são poucos na cidade. Todos me perguntando quem era a jornalista, onde trabalhava, como era a sua fisionomia. Antes que eu pudesse fornecer qualquer informação, o MSN piscava. As inúmeras pessoas que conversavam comigo já tinham o link do orkut e de um currículo on-line da profissional. Entre as diversas curiosidades virtuais acerca do caso, aparece um amigo.

- Larissa! Não é vc que tá presa por tráfico de drogas, né? A matéria de O Diário fala só "uma conceituada jornalista de C. Mourão"...
Demoro para responder.
- Larissa! Vou interpretar a falta de resposta como sendo "sim".
- kkkkkkkkkkkkkkkkk. Seu bobo.
- Vc tá ocupada com o quê? Interrogatório?
- Capaz, imagina eu amante de traficante? Se é pra ser amante que seja de alguém melhor né? Hahuahuaha. Fique tranquilo, não sou eu.
- Loucuras de amor! Pense na adrenalina.
Eis que ele lembra de quando fechou o bar aqui da cidade, também por causa de drogas.
- Viu, o dia que fechou o Corleone ela tava lá filmando...Eu sendo revistado e a bandida filmando!
E é verdade, ele foi revistado!

4 comentários:

  1. Larissinha, se você fosse presa, eu organiza ria uma força tarefa para tirar você de lá...

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  2. Pior que ele me disse a mesma coisa. Quase morri de rir quando li. Mas pense, estragou não só a carreira, estragou a vida. Por nada. Nada!

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  3. Foi a diversão dele dizer que achava que era uma de nós! O pior é que para ajudar o jornalista que trabalha na minha frente ficava falando para todo mundo que era eu presa. Quando a outra pessoa na linha ficava muda ele desmentia.

    Pois é, se jornalistas de todos os lugares comentavam hoje no comunique-se, imagine se em uma cidade como CM não seria o assunto do momento.
    Eu vi ela saindo algemada e estava do lado que ela deveria estar. Não sendo questionada sobre sua ligação com o tráfico, mas sim lá, procurando o delegado para comentar como desmantelaram a quadrilha. Confesso que foi bem chocante, era uma pessoa que estava alí, presente em coletivas e jantares com a imprensa. Ainda estou abismada e esse vai ser um daqueles dias que se me perguntarem daqui a vários anos uma matéria que marcou eu vou contar essa!!

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  4. O "amigo" em questão me entregou o notebook quando cheguei do trabalho para ler "renomada jornalista" e pensar que era umas das três. Se deu mal, já tinham colocado o nome. Como se eu fosse mesmo pensar que era uma das três, né?

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Porque quem comunica se trumbica.