Quando pequena, lembro de me esconder por entre suas pernas. Tímida, meus pequenos braços entrelaçavam suas coxas quando visitávamos parentes ou íamos a festas. Desde novinha escutei dos outros a nossa semelhança. Hoje, nossa similaridade aumentou, somos mais parecidas. Mais mãe, mais filha.
Da infância para adolescência, da adolescência para a maturidade. Em todas as fases a necessidade de uma absorver a presença da outra foi/é recíproca. Por isso a saudade doía tanto na época da faculdade, quando quilômetros nos separavam. A falta que uma sentia da outra era suprimida às vezes. A grana era curta o que dificultava as visitas não programadas, então, limitávamo-nos aos telefonemas, aos e-mails, às mensagens no celular. Minha mãe conseguiu o que pouquíssimas pessoas conseguem: era presente mesmo ausente.
Quando os ventos do destino me visitaram e me sopraram de novo para casa, varreram para longe a saudade que nos corroía. De volta ao lar doce lar, onde me encontro, desfruto da companhia dela. Todo dia.
Dividimos segredos, delírios, dissabores, sorrisos e, principalmente, o peso dos problemas – um tanto para mim e outro para ela. Minha mãe, como tal, faz coisas típicas de mãe: planeja minuciosamente o almoço de domingo, pois gosta da família reunida em torno da mesa, comendo, bebendo, rindo e falando alto; reza para eu arrumar namorado; torce para eu ser sucesso profissional e me dá mil e um conselhos quando pego a mala para viajar.
Talvez a cumplicidade seja a palavra mais adequada para traduzir a nossa relação, que é recheada de muito amor e uma dosagem extra de paciência – utilizada nos nossos momentos de desentendimento. Ela me chama de teimosa e eu disparo mil críticas. Passa. Dessas brigas raras, vem a certeza de que fomos feitas uma para outra.
Aos 25 anos não me escondo mais por entre suas pernas, porém ela continua sendo meu refugio. É no seu cheiro que encontro a tranquilidade e o aconchego. É quando inalo o seu perfume , aquele que só os (poucos) filhos identificam, que o meu mundo fica mais azul. Minha mãe, minha vida.
Da infância para adolescência, da adolescência para a maturidade. Em todas as fases a necessidade de uma absorver a presença da outra foi/é recíproca. Por isso a saudade doía tanto na época da faculdade, quando quilômetros nos separavam. A falta que uma sentia da outra era suprimida às vezes. A grana era curta o que dificultava as visitas não programadas, então, limitávamo-nos aos telefonemas, aos e-mails, às mensagens no celular. Minha mãe conseguiu o que pouquíssimas pessoas conseguem: era presente mesmo ausente.
Quando os ventos do destino me visitaram e me sopraram de novo para casa, varreram para longe a saudade que nos corroía. De volta ao lar doce lar, onde me encontro, desfruto da companhia dela. Todo dia.
Dividimos segredos, delírios, dissabores, sorrisos e, principalmente, o peso dos problemas – um tanto para mim e outro para ela. Minha mãe, como tal, faz coisas típicas de mãe: planeja minuciosamente o almoço de domingo, pois gosta da família reunida em torno da mesa, comendo, bebendo, rindo e falando alto; reza para eu arrumar namorado; torce para eu ser sucesso profissional e me dá mil e um conselhos quando pego a mala para viajar.
Talvez a cumplicidade seja a palavra mais adequada para traduzir a nossa relação, que é recheada de muito amor e uma dosagem extra de paciência – utilizada nos nossos momentos de desentendimento. Ela me chama de teimosa e eu disparo mil críticas. Passa. Dessas brigas raras, vem a certeza de que fomos feitas uma para outra.
Aos 25 anos não me escondo mais por entre suas pernas, porém ela continua sendo meu refugio. É no seu cheiro que encontro a tranquilidade e o aconchego. É quando inalo o seu perfume , aquele que só os (poucos) filhos identificam, que o meu mundo fica mais azul. Minha mãe, minha vida.
Lindo, Lari. Mãe é mesmo tudo de bom. A sua é linda!
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