Enfim, ¼ de século.
Aos 25 anos descobri que sou dona do meu próprio nariz, mesmo, ainda, morando em casa, com a minha grande família (que daqui a pouco não será tão grande assim). É um tanto ruim dizer que há 10 anos eu tinha 15, 10 anos parecem muito, acho que na verdade são. Ah, meus 15 anos...eles nem foram tão bons assim, mas os meus 16, 17 e os sonhados 18 (eu queria dirigir), estes sim foram muito bons! E depois dos 18 anos eu não vi mais nada passar, pois o tempo foi (pá-pum).
Fui morar fora. Aprendi a me virar sozinha numa terra fria e cheia de desconhecidos que mais tarde se tornariam os meus mais ternos e amados amigos. Não era a cidade dos sonhos de ninguém, mas depois que você está lá o negócio é dançar conforme o ritmo. Dancei de tudo, até a Gretchen.
Não dá para reclamar, foram 4 anos bem vividos. Lá eu conheci um padeiro que dava desconto na vodka comprada por moças com decote (não, eu não era a moça do decote). Improvisei goles que hoje me recuso a provar e fiz um curso que capengava. Não tinha provas, não tinha muita cobrança e quase que não tínhamos professores e laboratórios. Dos professores, tinha uma que entendia tanto de fotografia quanto eu (ou seja, nada) e outra que teimava em explicar que a Teoria Crítica era a mais crítica (!). No fim deu certo, ou melhor, quase certo, porque hoje para ser jornalista não precisa mais de diploma. Se soubesse disso, talvez fizesse outro curso. Ou não.
Entre amores correspondidos, partidos e nem sabidos, lembranças de um tempo único. De lá, da faculdade, guardo retratos ímpares, de belezas profundas e exóticas, de dias de muita risada, de tempo à toa, de dias curtos e longos, cinzas. O pouco sol trazia as reuniões na casa de amigos, para um filme, uma pipoca, uma partida de tranca, um almoço de domingo ou um cochilo em conjunto – com todo mundo amontoado pelo chão, debaixo do edredom. Saudade. E deixar aquela terra cinza, da qual eu vivia reclamando, não foi tão fácil como eu imaginava que seria. É que foi ali que veio a minha “adultice”, a descoberta sobre mim mesma.
Voltei para casa grande, independente (e mandona, sabe-tudo, chata, mais teimosa). Acho que até demais, embora continuasse totalmente dependente do carinho e das palavras da minha mãe, dos abraços e beijos do meu sobrinho, das brigas constantes com meu irmão e meu pai. Aqui, reencontrei minhas amigas de infância e fiz novas amizades que hoje não sei ficar sem, conquistei meu primeiro emprego. Também, consegui alguns bicos, uns mais bicados que outros. Vida de freela. Eu gosto assim, mesmo que seja insegura, mesmo que não pague tanto. Não tem como negar, sou apaixonada pelo jornalismo. Daí borbulha ideais, projetos, planos e, principalmente, a vontade de cair no mundo, na vida, nas pessoas (sou apaixonada pelas pessoas).
Então, aos 25 anos eu não me sinto velha demais, como eu imaginei que me sentiria. Parece exagero, mas é um tanto incomodo você afirmar que não, não é mais estudante, que dos 18 anos já passou faz um tempo, que não está mais na faculdade e que já são dois anos de experiência profissional. Também, com a idade te cobram um parceiro e se você não tem, vem a condição de ser solteira, que muitos não entendem ser uma opção e falta de opção. Andar de mãos dadas é bom, eu quero, mas tudo tem seu tempo (é o que dizem). Eu não vou brigar com o tempo, que tem sido um bom aliado. Enquanto isso eu me divirto com a minha própria comédia romântica, que talvez não seja nada romântica, apenas comédia.
Aos 25 anos, feliz. Neurótica, ainda. Solteira, sem príncipe e nem sapo. Jornalista, como eu queria aos 15. Filha, neta, irmã, cunhada e tia (adoro ser tia). Aos 25 anos eu tropeço em tudo, e de tropeço em tropeço eu vou andando. Andando, a minha vida vai se constituindo vida. Tô pronta para os 30, na verdade, pronta para mais 25 anos (sem crises, eu espero).
Aos 25 anos descobri que sou dona do meu próprio nariz, mesmo, ainda, morando em casa, com a minha grande família (que daqui a pouco não será tão grande assim). É um tanto ruim dizer que há 10 anos eu tinha 15, 10 anos parecem muito, acho que na verdade são. Ah, meus 15 anos...eles nem foram tão bons assim, mas os meus 16, 17 e os sonhados 18 (eu queria dirigir), estes sim foram muito bons! E depois dos 18 anos eu não vi mais nada passar, pois o tempo foi (pá-pum).
Fui morar fora. Aprendi a me virar sozinha numa terra fria e cheia de desconhecidos que mais tarde se tornariam os meus mais ternos e amados amigos. Não era a cidade dos sonhos de ninguém, mas depois que você está lá o negócio é dançar conforme o ritmo. Dancei de tudo, até a Gretchen.
Não dá para reclamar, foram 4 anos bem vividos. Lá eu conheci um padeiro que dava desconto na vodka comprada por moças com decote (não, eu não era a moça do decote). Improvisei goles que hoje me recuso a provar e fiz um curso que capengava. Não tinha provas, não tinha muita cobrança e quase que não tínhamos professores e laboratórios. Dos professores, tinha uma que entendia tanto de fotografia quanto eu (ou seja, nada) e outra que teimava em explicar que a Teoria Crítica era a mais crítica (!). No fim deu certo, ou melhor, quase certo, porque hoje para ser jornalista não precisa mais de diploma. Se soubesse disso, talvez fizesse outro curso. Ou não.
Entre amores correspondidos, partidos e nem sabidos, lembranças de um tempo único. De lá, da faculdade, guardo retratos ímpares, de belezas profundas e exóticas, de dias de muita risada, de tempo à toa, de dias curtos e longos, cinzas. O pouco sol trazia as reuniões na casa de amigos, para um filme, uma pipoca, uma partida de tranca, um almoço de domingo ou um cochilo em conjunto – com todo mundo amontoado pelo chão, debaixo do edredom. Saudade. E deixar aquela terra cinza, da qual eu vivia reclamando, não foi tão fácil como eu imaginava que seria. É que foi ali que veio a minha “adultice”, a descoberta sobre mim mesma.
Voltei para casa grande, independente (e mandona, sabe-tudo, chata, mais teimosa). Acho que até demais, embora continuasse totalmente dependente do carinho e das palavras da minha mãe, dos abraços e beijos do meu sobrinho, das brigas constantes com meu irmão e meu pai. Aqui, reencontrei minhas amigas de infância e fiz novas amizades que hoje não sei ficar sem, conquistei meu primeiro emprego. Também, consegui alguns bicos, uns mais bicados que outros. Vida de freela. Eu gosto assim, mesmo que seja insegura, mesmo que não pague tanto. Não tem como negar, sou apaixonada pelo jornalismo. Daí borbulha ideais, projetos, planos e, principalmente, a vontade de cair no mundo, na vida, nas pessoas (sou apaixonada pelas pessoas).
Então, aos 25 anos eu não me sinto velha demais, como eu imaginei que me sentiria. Parece exagero, mas é um tanto incomodo você afirmar que não, não é mais estudante, que dos 18 anos já passou faz um tempo, que não está mais na faculdade e que já são dois anos de experiência profissional. Também, com a idade te cobram um parceiro e se você não tem, vem a condição de ser solteira, que muitos não entendem ser uma opção e falta de opção. Andar de mãos dadas é bom, eu quero, mas tudo tem seu tempo (é o que dizem). Eu não vou brigar com o tempo, que tem sido um bom aliado. Enquanto isso eu me divirto com a minha própria comédia romântica, que talvez não seja nada romântica, apenas comédia.
Aos 25 anos, feliz. Neurótica, ainda. Solteira, sem príncipe e nem sapo. Jornalista, como eu queria aos 15. Filha, neta, irmã, cunhada e tia (adoro ser tia). Aos 25 anos eu tropeço em tudo, e de tropeço em tropeço eu vou andando. Andando, a minha vida vai se constituindo vida. Tô pronta para os 30, na verdade, pronta para mais 25 anos (sem crises, eu espero).
Parabéns por estes 25 e pelos próximos. E que a comédia continue... Amo vc demais, Lari, e desejo que você seja ainda mais feliz. Guarda um pedaço do bolo pra mim!
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirFico feliz que vc tenha encarado bem. Porque, como já te disse, acho que cada idade, cada fase, cada tudo tem sua dor e sua delícia. E acredito, também, que a vida é mais vida depois dos 30. Até lá a gente aprende a andar sem cair. É o que se espera!
Parabéns Lari!
ResponderExcluirAmoo vc :)
Lari, o principal você já aprendeu: a se divertir com sua própria comédia - o que vai muito mais além, pois mostra que você já aprendeu que a vida é uma comédia, e que só vale a pena quando a gente passa a se divertir com isto - mesmo que nos intervalos aconteçam alguns dramas. Faz parte, já dizia o filósofo Bambam.
ResponderExcluirVocê mora no meu coração, menininha (enquanto é nora teórica, vá saber se não rola um despejo caso isto passe pra pratica...) :P
...
Felicíssimo Ano Novo pra você, menininha do mundo azul.
Parabens... você será sempre jovem se continuar com esses olhos lindos....
ResponderExcluirCarlinhos