quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Promoção

Primeira vez que o vejo e ele já vem com um “paixão”. Não deu certo. Detesto paixão, amor e todos os seus derivados: mor, morzinho, morzão...mo. É muita intimidade para pouca coisa, na verdade, por pouquíssimo tempo. Prefiro ser chamada pelo nome mesmo, talvez pelo sobrenome ou um simples você (nessas horas a segunda pessoa do singular soa perfeitamente). Depois vêm as flores, como se elas fossem mágicas e pudessem me encantar. Ele deve imagina que eu as recebo e sinto o cheiro, que emanaria o tal do amor. Seria certeiro. Mas comigo deu errado. Sem flores, por favor, não gosto de flores (mentira, eu gosto, mas se não há química, quem dirá flores). Na seqüência, o celular. Ele não para de tocar. O celular tocando depois daquele semi-encontro me apavora. Deixe-me na expectativa. É gostoso sentir borboletas no estômago, ficar na dúvida. A certeza nem sempre é positiva, eu acho. Em seguida, o grude. Atraio vários chicletes e dos mais variados sabores. Não sei bem porque, vai ver que é o meu signo e os tais dos ascendentes. Não ao chiclete! Ainda não sobrevive a um relacionamento que eu me doe por tempo integral. Eu preciso de ar. O ver todo dia não me enjoa, mas a toda hora, me invade. Mas hoje, tudo bem, eu estou disponível para às 24 horas. Rendo-me à mesmice e à banalidade. Pode começar a me ligar, suporto o “paixão” ou outros apelidos de mau gosto. Me ligue, me mande flores, eu vou adorar - por pouco tempo (é apenas a carência me visitando).

2 comentários:

  1. Põe carência nisso, heim... E, quando ele ligar, vai durar quanto tempo?! Cinco minutos??? Hehehe...
    Pior que eu te entendo, srta Larissa... também não gosto de grudes, de melosidades... mas tô precisando taaaanto disso ultimamente... rsrsrs
    Oooo mulherada confusa!!!

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Porque quem comunica se trumbica.