domingo, 6 de março de 2011

E um e dois e dois e três...

Sensibilizava-se com a dança, embora não soubesse dançar. Os corpos em ritmos ordenados a emocionavam tal qual poesia, filme, músicas. Ah, a dança! Tão sutil, tão envolvente. Sexy. Não sabia de qual ritmo gostava mais. O tango, a salsa, o forró ou a clássica valsa vienense? Ficava com todos. Apreciava todos. Seus olhos acompanhavam aquela fusão perfeita entre a melodia tocada e os corpos dançantes. Tal fusão deveria ser sacra, pensava. Homens e mulheres que bailam carregam consigo algo incomum, até sobrenatural arriscava imaginar. Desprovida de tal dom, punha-se a sonhar com o dia em que seu corpo arriscaria uns passos. Da janela de casa ainda podia ver o casal dançando do outro lado da rua, na varanda.


Um comentário:

Porque quem comunica se trumbica.