segunda-feira, 25 de outubro de 2010

De uma solidão não esperada

Tinha mãe, pai, irmãos, avós, sobrinhos e sobrinhas. Cachorro. Não achava justo se sentir sozinha e até gostava de ficar só. Momentos ela e ela eram extremamente necessários. Essenciais à sua saúde mental e espiritual.
Da solidão que todos falavam, ela nunca tinha sentido. Embora sozinha, estava sempre acompanhada. Não tinha um milhão de amigos, mas tinha os melhores, com os quais podia contar para tudo, para o que fosse.
Os companheiros não eram tantos, porém não lhe faltavam. Podia escolher: aquele que dizia que ela era de perder o juízo ou o que afirmava que ela era a que mais beirava a perfeição. Tinham outros elogios, mas desses ela gostava mais.
Então chegou o ano novo. No meio dos fogos, das músicas, dos gritos entusiasmados, de 2009 dando adeus enquanto 2010 dizia oi, a solidão bateu. O silêncio, mesmo inexistente naquele momento, impregnou seu ser.
Sentiu um arrepiou frio que tomou conta de seu corpo até arrepiar a sua alma. Quando doeu na alma, entendeu do que se tratava. Mais um medo estava incluso em sua lista. Achou que fosse coisa de virada de ano, mas ficou.

2 comentários:

  1. Outras viradas de ano virão...
    A solidão, é apenas um ponto de vista...
    Mire bem...

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  2. Entendo, perfeitamente, do que se trata. E é ruim, ah, como é...

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Porque quem comunica se trumbica.