segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Além da superficialidade ofertada em qualquer esquina.

Carregava consigo certas estranhezas, que o tornavam diferente do resto do mundo. Era assim que se sentia. Uns respeitavam suas escolhas furadas, seus anseios tortos. Outros esfregavam na sua cara tais opções, considerando-as mesquinhas, pequenas demais. Por um tempo o importunaram, insistindo para que mudasse de lado, para que não fugisse à regra. Sentiu-se fraco. Passou. O status que lhe queriam dar não combinava com a sua rotina. Para o dia a dia queria algo além daquela superficialidade ofertada em qualquer esquina.

Um comentário:

  1. Queria mais, queria alguém que, além de lhe proporcionar flashes pras colunas sociais, pudesse conversar sobre trivialidades, talvez. Queria que além do corpo que encontrava em qualquer capa de revista pudesse, também, discutir sobre o melhor filme para o final de semana. Uma indicação de leitura antes de pegar no sono. Algo que não lhe dissesse nada sobre princesas ou de como sua presença é essencial no mundo. Queria ouvir mais do que quantos ml deveria colocar nos peitos, na bunda, no quadril. Ou quantos centimetros precisavam ser retirados. Queria conteúdo desse que não é visível. Não é palpável. Não pode ser medido. Mas, sim, apreciado. E discutido.

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Porque quem comunica se trumbica.