terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma vez por mês.

Em casa nada me consola, mas a rua também não alivia. É tudo à flor da pele. A intensidade me provoca. Caçoa da minha calma, da minha sensatez, dos meus pés no chão. Pronto, não tenho mais chão. Lá dentro tem muita chuva. A enchente desmoronou as minhas emoções e tudo está em águas, flutuando. Boiando. Meus olhos cansam, porque também estão cheios. Pelo rosto escorre aquela água salgada, que desce amarga, azeda, rasgada. Me encontro fora de contexto, não combino comigo mesma. Sou uma estrangeira em meu próprio corpo, em minha própria mente. E tudo o que eu ouço são goteiras. Incomoda, irrita. Pim, pim, pim.

Um comentário:

Porque quem comunica se trumbica.