quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Não, não vá embora...

Porque eu vou morrer de saudade! Vou sentir falta de todas as brigas, de todos os carinhos, de todos os gritos...
Por isso que voltei, porque amo estar rodeada deles, de tê-los pelos quartos, pela sala, pela cozinha ou até disputando um espelho, uma pasta de dente, dividindo tudo, querendo dividir nada. A minha família não é nem um pouco normal, mas o amor que devoto a ela é monstruoso, todos temos as nossas diferenças e desavenças que se quadruplicaram com problemas que enfrentamos durante uns bons anos. Contudo, o nosso jeito é esse, e acredito que muita família quietinha não se ama e se ajuda tanto quanto nós nos amamos e nos ajudamos. Acho que faz parte da nossa genética italiana, muita voz alta, muitas gesticulações e um emaranhado de sentimentos expressados. Os que me conhecem sabem que eu preciso do tempo comigo mesma, a solidão por uns instantes me convém, é necessária. Todavia, jamais desejei ficar alheia a eles, gosto de casa movimentada, de gente berrando, de risadas espontâneas, de conversar no sofá ou na cama de um de nós. Sou apaixonada pelos nossos passeios em conjunto, quando todo mundo está reunido, mesmo que seja para ir à missa ou para assistir a um filme sem graça na televisão. Os almoços de domingo são os melhores, é tudo tão bom, desde a comida, a bebida, as conversas enquanto se come. Ainda não parece certo e concreto que eles se vão, também não quero pensar nisso, embora isso persiga a minha mente e o meu coração por dias, nessa semana. Eu sei que se eles se forem, por certo eu chorarei. O meu peito vai congelar. Mas, enquanto eles não se vão, pretendo apreciá-los muito mais do que eu os apreciei e venerei por esses meus 24 anos.

2 comentários:

  1. Lari, por isso é bom a gente perder da maneira que vc tá perdendo. Porque dá tempo de correr atrás do prejuízo. Dá tempo de dizer o quanto gosta, o quanto ama, o quanto faz falta. E aproveitar, também. =)

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  2. Um amor que não se acaba. Mesmo na distância. É bom demais tê-lo. Aproveite enquanto está assim, pertinho...

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Porque quem comunica se trumbica.