Sim, agora você também é jornalista. Advogados, médicos, economistas, professores, pedreiros, donas de casa. Todos, jornalistas. O inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O diploma é desnecessário. Triste, infelizmente.E mais, além de alegar que o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 fere a liberdade de expressão, garantida pela Constituição, o STF comparou jornalistas com cozinheiros (nada contra a esta classe, ainda mais agora que somos parceiros). Comparar jornalista com cozinheiros, que não precisam de conhecimentos prévios para o preparo de um bom prato, é rudimentar. Retrocesso total.O jornalista cozinha palavras, aquece denuncias e assa informações. Pronto, a mídia virou um bolo. E, que bolo! Um bolo de confusões, com calda de matéria comprada e recheio de manipulação - não que antes não houvesse, porque a ética você tem ou não, independe de diploma.Então, por que fazer faculdade de jornalismo? Por que fazer inglês, espanhol ou francês? Porque o mercado pede, e, principalmente, porque a aquisição de conhecimento é sempre útil. As horas dedicadas às aulas de redação, história, geopolítica, economia, filosofia. Ás aulas técnicas de rádio e Tv. E, ainda, às aulas complexas de teoria da comunicação. Quatro anos de formação humana e ética, sem validade? Não! Aquilo que se aprende é propriedade eterna de quem o adquiriu.
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Porque quem comunica se trumbica.